De-extinção

As ferramentas da ressurreição das espécies

A possibilidade de trazer as espécies extintas de volta à vida foi explorada pela primeira vez no início do século 20, através de uma abordagem conhecida como reprodução de volta (ou reprodução de volta). A reprodução de retorno, para a produção de uma raça que apresenta os traços de um antepassado selvagem, é baseada nos princípios da reprodução selectiva, que os humanos utilizam há séculos para desenvolver animais com os traços desejados. Nos anos 20 e 30, os zoólogos alemães Lutz e Heinz Heck cruzaram diferentes tipos de gado, numa tentativa de reproduzir um animal que se assemelhava ao aurochs (Bos primigenius), uma espécie extinta de boi selvagem europeu, ancestral do gado moderno. Os irmãos Heck cruzaram gado moderno com base em descrições históricas e espécimes de ossos que forneciam informações morfológicas sobre os auroques, mas não tinham nenhuma visão sobre a relação genética dos animais. As a consequence, the resulting Heck cattle bore little resemblance to the aurochs.

aurochs skeleton

Skeleton of an aurochs (Bos primigenius), an extinct wild ox of Europe.

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In the latter part of the 20th century, tools emerged that enabled scientists to isolate and analyze DNA from the bones, hair, and other tissues of dead animals. A par dos avanços nas tecnologias reprodutivas, como a fertilização in vitro, os pesquisadores conseguiram identificar bovinos que são parentes genéticos próximos dos auroques e combinar seus espermatozóides e óvulos para produzir um animal (os chamados tauros) que é morfologicamente e geneticamente semelhante aos auroques.

Outros avanços nas tecnologias genéticas levantaram a possibilidade de inferir e reconstruir as seqüências genéticas de espécies extintas a partir de espécimes mesmo mal conservados ou criopreservados. As sequências reconstruídas poderiam ser comparadas com as sequências de espécies existentes, permitindo a identificação não só de espécies ou raças vivas mais adequadas para a reprodução posterior, mas também de genes que seriam candidatos à edição em espécies vivas. A edição do genoma, uma técnica de biologia sintética, envolve a adição ou remoção de pedaços específicos de DNA no genoma de uma espécie. A descoberta do CRISPR (agrupado regularmente entre repetições palíndromas curtas e espaçadas), um sistema enzimático natural que edita o DNA em certos microorganismos, facilitou muito o refinamento da edição do genoma para a extração.

Clonagem para a extração tem se centrado principalmente no uso do SCNT. O SCNT implica a transferência do núcleo de uma célula somática (corpo) do animal a ser clonado para o citoplasma de um ovo doador enucleado (uma célula que veio de outro animal e que teve o seu próprio núcleo removido). A célula do óvulo é estimulada no laboratório para iniciar a divisão celular, levando à formação de um embrião. O embrião é então transplantado para o útero de uma mãe substituta, que no caso da desextinção é uma espécie intimamente relacionada com a que está sendo clonada. Na tentativa de ressuscitar o extinto ibex pirenaico em 2009, os pesquisadores transferiram núcleos de fibroblastos descongelados de espécimes de pele criopreservada para ovos enucleados de cabras domésticas. Os embriões reconstruídos foram transplantados para fêmeas ibex espanhol ou híbrido (ibex espanhol × cabra doméstica).

Também pode ser possível utilizar células estaminais para ressuscitar espécies extintas. As células somáticas podem ser reprogramadas através da introdução de genes específicos, criando as chamadas células estaminais pluripotentes induzidas (iPS). Tais células podem ser estimuladas para se diferenciarem em diferentes tipos de células, incluindo espermatozóides e óvulos que potencialmente podem dar origem a organismos vivos. Contudo, à semelhança das outras técnicas de extracção, o sucesso de uma abordagem baseada em células estaminais depende em grande parte da qualidade do ADN disponível em amostras preservadas.

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