As pessoas que sofrem de enfarte cerebral têm o dobro da probabilidade de sofrer um derrame cerebral, em comparação com as pessoas que não têm este tipo de dor de cabeça. As pessoas cujas enxaquecas são acompanhadas por auras, tais como luzes cintilantes ou outros distúrbios visuais, correm um risco um pouco maior de um AVC futuro do que aquelas cujas enxaquecas não produzem auras. Além disso, as enxaquecas femininas que tomam contraceptivos orais têm oito vezes mais probabilidades de ter um AVC do que as que não tomam pílulas anticoncepcionais.
Os resultados aparecem num relatório online publicado pelo British Medical Journal, disponível em http://bmj.bmjjournals.com/br> A análise de risco veio de uma revisão realizada por um grupo de cientistas canadianos, espanhóis e norte-americanos de 14 estudos sobre a ligação entre enxaquecas e AVC. A revisão sugere que a enxaqueca pode ser um fator de risco independente para AVC, segundo Ali Samii, professor associado de neurologia da UW, que fez o estudo junto com Mayhar Etminan do Royal Victoria Hospital de Montreal e com outros colaboradores da Espanha. Samii está baseado no Puget Sound Veterans Affairs Medical Center em Seattle.
O maior risco de acidente vascular cerebral pode estar relacionado à redução do fluxo sanguíneo no cérebro durante uma enxaqueca, mas o mecanismo exato para esta associação é desconhecido. A suspeita de ligação entre enxaqueca e AVC deve ser mais investigada, disseram os cientistas, assim como a maior probabilidade de AVC entre as mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais.