Um Salmo de Vida por Longfellow: Resumo & Análise

Um Salmo da Vida: Sobre o Poema

“Um Salmo da Vida” é um poema inspirador escrito pelo poeta americano Henry Wadsworth Longfellow. O poema foi publicado pela primeira vez na edição de outubro de 1838 da The Knickerbocker ou New-York Monthly Magazine, uma revista publicada na cidade de Nova York.

Um salmo é um canto ou hino religioso ou sagrado, em particular qualquer um dos contidos no livro bíblico de Salmos e usados no culto cristão e judeu. Mas aqui o significado de “um salmo da vida” é um cântico da vida, onde o poeta glorifica a vida e suas possibilidades. É uma invocação à humanidade para seguir o caminho da justiça, o caminho certo para viver esta vida. O poema é didático em tom.

O poema ‘Um Salmo de Vida’ muitas vezes leva o subtítulo “O que o Coração do Jovem disse ao Salmista”. Isto é muito importante ao sugerir o contexto da escrita deste poema. Aqui, o orador (um jovem) responde aos ensinamentos bíblicos de que esta vida humana não é importante e que nós somos feitos de pó e eventualmente voltamos ao pó. Assim, podemos tomá-lo como um salmo em resposta a um salmo.

No poema Um Salmo de Vida, o poeta vê a vida de uma perspectiva otimista. Para ele esta vida está cheia de possibilidades, pois podemos alcançar objectivos mais elevados, fazendo pleno uso do nosso tempo e trabalhando arduamente e, claro, mantendo a fé no poder e no potencial da vida. Ele não tem fé naqueles que têm a visão pessimista da vida. Ao longo de todo o poema, o poeta Longfellow transmite a sua visão da vida, instrui os leitores a tirar o máximo proveito desta vida e inspira-nos a participar no trabalho e na actividade da vida.

O poema consiste em nove estrofes de quatro linhas. O poema é também de natureza lírica. O esquema de rima seguido é A B A B, onde as últimas palavras da primeira linha e a terceira linha rimam, e alternativamente a segunda e a quarta linha rimam em cada estrofe.

Um Salmo da vida: Resumo e Análise Linha por Linha

p>p>Diz-me não, em números lúgubres,
A vida não passa de um sonho vazio!
Para a alma está morta que baba,
E as coisas não são o que parecem.

O poema começa com um verbo ‘Dizer’ de uma forma imperativa. E a primeira frase toca a tônica positiva do poema. Indica também que o poeta vai dar-nos algumas instruções sobre o que esta vida realmente é e como devemos levá-la. O poeta nos pede que não lhe digamos em versos tristes que a vida é um sonho oco e sem sentido. Aqui Longfellow bate os pessimistas que cantam canções melancólicas, escrevem poemas tristes, ou pensam que nada pode ser alcançado nesta vida. De acordo com o poeta, uma pessoa que passa o tempo todo dormindo já está morta. Tais exemplos inúteis de vida muitas vezes desencaminham os outros. E ele assegura que a vida não é tão sombria ou sem valor como parece, e que tem muito mais potencial do que pensamos.

A vida é real! A vida é sincera!
E o túmulo não é o seu objectivo;
Pó que és, para o pó voltar,
Não se falou da alma.

A segunda estrofe começa com a frase, ‘A vida é real! A vida é sincera’! Isto também transmite a atitude positiva do poeta em relação à vida. Segundo ele, a vida é real e séria, não infundada ou inútil. Portanto, não devemos levar esta vida de ânimo leve. Para ele, a sepultura não é o objetivo último da vida; a vida não termina com a morte. Ele quer indicar que as nossas obras permanecem neste mundo mesmo depois da nossa morte. Ele pensa: “Pó tu és, ao pó tu voltas” (Tu és feito de pó, e voltarás ao pó depois da morte) é apenas falado do corpo e não é aplicável à alma. Então o poeta deixa claro que ele acredita na existência da alma após a nossa morte.

p>não gozar, e não tristeza,
É o nosso fim ou caminho destinado;
Mas agir, que cada um amanhã
nos encontre mais longe do que hoje.

A terceira estrofe de Um Salmo de Vida é sobre a forma ideal de viver. O poeta sugere que nem o prazer, nem a tristeza devem ser nosso objetivo final ou nosso modo de vida. Ele quer dizer que em uma vida ideal deve haver tanto gozo quanto tristeza de uma forma equilibrada. Mas isso não é crucial. O mais importante é trabalhar, e trabalhar diligentemente para que possamos ser sempre um ser humano mais instruído, mais qualificado e mais educado a cada dia que passa. O poeta do Salmo da Vida não quer que desperdicemos nem mesmo um único dia. Devemos ansiar por avançar cada dia mais em nossa jornada da vida.

p>Art é longa, e o Tempo é fugaz,
E nossos corações, embora robustos e corajosos,
Painda, como tambores abafados, estão batendo
Marchas funerárias até a sepultura.

p> A quarta estrofe do poema Um Salmo de Vida é sobre as nossas responsabilidades nesta vida, sobre o trabalho que nos é atribuído. “A arte é longa, e o tempo é passageiro” significa que o trabalho que nos é dado é vasto e demorado, mas o tempo está fugindo rapidamente com cada momento. O poeta diz então que embora nossos corações sejam corajosos e firmes em outros momentos, tememos a morte e nosso coração bate quando percebemos que a Morte certamente está vindo, pouco a pouco. Longfellow compara esta situação do nosso coração ao bater dos tambores vestidos nas marchas fúnebres para a sepultura. Aqui ele quer dizer que devemos utilizar ao máximo o nosso tempo limitado em vez de o desperdiçarmos no pensamento da morte ou outra coisa assim.

p>No amplo campo de batalha do mundo,
No bivaque da Vida,
Não sejas como o gado mudo, conduzido!
Sê um herói na luta!

Na estrofe acima de Um Salmo da Vida, o poeta compara este mundo a um vasto campo de batalha onde nós, os seres humanos, viemos temporariamente aos campos para travar a batalha da nossa vida. Assim, os seres humanos são comparados com as tropas. O poeta nos exorta a ser um herói nesta batalha da vida, a lutar com bravura e finalmente vencê-la. Em outras palavras, ele deseja que tenhamos sucesso na vida, seguindo o caminho certo da vida. Ele não gosta de nos ver como o gado mudo conduzido por outros, sem um objetivo ou direção particular.

p> confie no Futuro, como é agradável!
Deixe o Passado morto enterrar seus mortos!
Act,-agir no Presente vivo!
Heart within, and God o’erhead!

Na sexta estrofe do poema Um Salmo da vida, o poeta nos lembra de uma citação muito popular: “Aprende do passado, vive no presente e tem esperança no futuro.” Mas aqui o poeta nos instrui a não confiar no futuro, por mais agradável que pareça, porque muitas vezes nos deixamos levar pelos sonhos felizes do nosso futuro e nos esquecemos de agir no presente. Ele também nos diz para esquecer os acontecimentos passados, pois eles estão mortos, e não devem mais nos assombrar e afetar nossa ação presente. E o que é crucial é agir no presente, ‘no Presente vivo’! Temos que seguir o nosso coração, e manter a fé em Deus por cima.

Vidas de grandes homens todos nos lembram
Podemos tornar nossas vidas sublimes,
E, partindo, deixar-nos para trás
Pés nas areias do tempo;

Na sétima estrofe do poema, o poeta diz que a vida de tantos homens grandes e bem sucedidos nos lembra que também podemos alcançar essas alturas se quisermos e nos esforçarmos por isso. E se pudéssemos fazer isso, estaríamos vivendo para sempre em nossas obras, no coração das pessoas. Longfellow compara essa imortalidade a deixar pegadas nas areias do tempo. Em outras palavras, não estaremos vivendo para sempre aqui, mas podemos deixar nossas marcas no fluxo infinito do tempo através do nosso bom trabalho. Isso inspiraria gerações posteriores a seguir nosso caminho.

p>Footprints, que talvez outra,
Sailing o’er life’s solemn main,
A forlorn and shipwrecked brother,
Seeing, shall take heart again.

Na penúltima estrofe de Um Salmo da vida, o poeta continua o mesmo tema de deixar uma ‘pegada’ para inspirar outros a seguirem. Ele compara uma pessoa desalentada ou desgraçada com um naufragado desesperado que navega sobre o grande mar da vida (‘o principal da vida’). Essa pessoa pode encontrar os exemplos dados por nós, e pode ganhar coragem e esperança para seguir em frente.

p>p>Deixe-nos, então, estar de pé e fazer,
Com um coração para qualquer destino;
Parar de alcançar, ainda perseguindo,
Aprender a trabalhar e esperar.

Nas quatro linhas finais de Um Salmo da Vida, o poeta Longfellow pede-nos que nos levantemos imediatamente e comecemos a trabalhar. No entanto, o poeta aqui nos exorta a não nos preocuparmos com as conseqüências, ou, para preparar nossa mente para qualquer destino. Devemos continuar, alcançando grandes alturas, ainda não partindo. Devemos aprender a trabalhar, a trabalhar duro, a agir com sabedoria, e esperar pacientemente pelas recompensas.

Então, passando por este poema, percebemos agora como este poema tem sido inspirador e motivador. O poeta transmite a sua mensagem em todo o poema. Mas eu sinto que as duas primeiras linhas e a última linha do poema são suficientes para dar uma impressão do que é este poema: não devemos passar nossos momentos inestimáveis sentados sem fazer nada, mas sim trabalhar duro para alcançar nosso objetivo e aproveitar ao máximo esta curta vida.

  • h4> Também Leia: Perguntas resolvidas sobre este poema.

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